Sobre a Freguesia
A NOSSA HISTÓRIA
Situada num imponente monte granítico, a povoação de Castelo de Penalva já foi a sede do Concelho das Terras de Penalva. Durante a guerra contra os árabes, a povoação desempenhou um papel estratégico na defesa das terras entre o Mondego e o Dão. Finda a guerra da reconquista, começou a perder importância e população. Em 1527, partilhava com Castendo a cabeça de concelho e as audiências faziam-se alternadamente numa e noutra povoação.
Esta freguesia é, em área territorial, a maior do concelho de Penalva do Castelo.
O povoamento desta freguesia é anterior ao século XII, se bem que não tenha sido continuo; recua a época pré-romana, o que é atestado não só pelas edificações do local. O topónimo composto “Castelo de Penalva” e proveniente do Latim vulgar “castellum” de “castelo, e “Penalva” que deriva do latim vulgar “penna alba”, “penha branca” que tem um evidente sentido arqueológico, pois este nome refere-se exatamente ao castelo, chamado “Penha” por ser alicerçado numa rocha; a qualidade de “alva” deve-se unicamente ao aspeto dos rochedos.
Segundo a “Crónica dos Godos”, obra escrita no seculo XII, o castelo de Penalva foi conquistado em 1057 aos mouros, pelo rei de Leão, D. Fernando I “O Magno”. O castelo foi por ele destruído até aos alicerces, para que os mouros em possível retorno não o voltassem a fortificar; assim, continuou despovoado o território da atual freguesia de Castelo de Penalva, ao que se julga, pela mesma razão, até que em 1191, D. Sancho I, desacreditado de que poderia alargar o reino, resolveu povoá-lo, entregando aos que aqui se fixaram, o monte sobranceiro, para que dele fizessem logradouro.
No entanto, em 1258, a “villa” estava novamente despovoada, o que parece indicar que o local não chegou a ser repovoado ou os “homines de castro de Penna de Alba” tinha voltado às terras de origem, apesar de continuarem a lograr o dito monte.
Administrativamente, é de considerar que o local fosse a sede do conselho de Penalva, atualmente denominada de Penalva do Castelo.
Eclesiasticamente, há a notar a remota instituição da paroquia de S. Pedro de Penava, referida nas inquisições de D. Afonso III, e ainda mais remota fundação do templo de S. Pedro.