A apresentação da programação foi feita na Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, que, na sexta-feira, no sábado e no domingo, acolherá o primeiro espetáculo deste ano, um teatro que é também um jantar, intitulado “O presente de César”, da responsabilidade do Teatro Viriato, de Viseu. Estas três sessões já estão esgotadas.
Os espetáculos vão, ao longo de todo o ano, passar por 14 concelhos, no âmbito da Rede Cultural Viseu Dão Lafões, um projeto da Comunidade Intermunicipal (CIM) com o mesmo nome e que é cofinanciado pelo programa operacional Centro 2020.
A Binaural/Nodar mantém ainda em itinerância o espetáculo “Pontes perenes em águas temporárias”, que conta com a participação de músicos residentes.
No final do ano, está prevista a realização de uma exposição “que tenta mostrar, através de conteúdos fundamentalmente audiovisuais, o potencial patrimonial infinito” que o território tem.
Pelo terceiro ano, o Cine Clube de Viseu manterá o cinema ao ar livre e apresentará dois novos projetos este ano: o “Cine concerto fora de portas” e o documentário Film Lab.
Rodrigo Francisco, presidente do Cine Clube de Viseu, explicou que o projeto “Cine concerto fora de portas” vai “associar filmes icónicos, relevantes, da história do cinema com composições musicais originais”, envolvendo músicos convidados, alguns dos quais da região.
O documentário irá focar-se “nos aspetos fundamentais do património imaterial associados à região, muitas vezes olhando o que não se olha à primeira vez, mas conseguindo fazer com que o cinema encontre alguns que valha a pena divulgar”.
O Teatro Regional da Serra do Montemuro, de Castro Daire, andará a circular com o espetáculo “Histórias que dão para ver”, que se estreia em março e que tem a particularidade de juntar as cinco companhias parceiras da Rede Cultural Viseu Dão Lafões.
O espetáculo contará com a participação de 14 mulheres, uma vez que, segundo o encenador do espetáculo, Paulo Duarte, “fala muito da igualdade e do tradicional e do moderno”.
O foco do espetáculo é “promover a região”, ou seja, as suas companhias, os municípios que acolhem os espetáculos e as pessoas.
A Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT) terá duas atrizes a construir o espetáculo com o Teatro Regional da Serra do Montemuro.
“Este espetáculo demonstra uma das vertentes desta rede cultural, que é, se possível e quando possível, juntarmo-nos e partilharmos criativamente um produto artístico”, considerou o ator e encenador Pompeu José, da ACERT.
O secretário executivo da CIM, Nuno Martinho, explicou que estes espetáculos têm como objetivo, através da cultura, valorizar os recursos territoriais e da região, os recursos patrimoniais e o envolvimento com a comunidade.
Desde o ano de 2017, mais de 80 espetáculos percorreram os 14 municípios da região no âmbito da Rede Cultural Viseu Dão Lafões.